O tempo no Tomismo e em Raimundo Lúlio. Luz para situar o Eterno retorno de Nietzsche

Abstract

Este trabalho propõe-se apresentar a noção de «tempo» tal como aparece nas obras de Raimundo Lúlio até os Principia philosophiae complexa (1299). Examinar-se-ão as conclusões de Fernand Van Steenberghen em seu artigo Raymond Lull contre l' éternité du monde (1989) no qual considera a crítica que Lúlio realizou contra este erro em sua Declaratio Raymundi per modum dialogi edita (1298). Na segunda parte do trabalho, examinar-se-ão, à luz da noção luliana do tempo, o conceito de «estrutura cíclica do tempo» implícito na doutrina do Eterno Retorno de Nietzsche e os seus primórdios na tese kantiana do tempo como condição formal a priori de todos os fenômenos.

This paper intends to present the notion of «time» as it appears at Raymond Lull 's works until Principia philosophiae complexa (1299). We Will develop an analysis on Fernand Van Steenberghen's conclusions in his paper Raymond Lull contre l' éternité du monde (1989) in which he studies the critics done by Lull on that mistake, contained in his Declaratio Raymundi per modum dialogi edita (1298). At the second part of the paper we Will be analyzing helped by the Lullian's notion of time, the concept of «cyclical structure of time» implicated in the Nietzsche's Eternal Retum and its preceding ideas in the Kantian thesis of time as a formal condition a priori of all the phenomena